segunda-feira, 11 de julho de 2011

Minha e só minha.

" A tristeza me consome, congela a minha alma, inflama os meus sentidos.
Desprendimento da realidade, é a única forma de me manter vivo...
Se estou tendo um sonho bom, então porque devo acordar?
E ir das nuvens ao chão sem ter como me levantar?

A vida é uma grande armadilha, a fonte da vida é sonhar!
Se estou tendo um sonho bom não quero mais acordar.

Mas sempre desperto do sonho me esforçando pra acreditar,
que tudo vai dar certo e falta muito pra acabar."


Esse texto ai de cima é uma música, da ex-banda do meu Rafa, e foi escrita por ele em um de nossos momentos de término de namoro que precede o casamento. HAHA.
Acho ela linda, resolvi voltar a postar aqui no blog com ela. :)

domingo, 29 de agosto de 2010

hmm-

Eu juro que queria saber ouvir as pessoas e ajuda-las, mas normalmente me irrito com o papo idiota delas. Principalmente com dor de amor. Me sinto a pessoa mais desalmada do mundo por causa disso, mas tem vezes que é chato demais. Tem gente que se lamenta tanto por um amor perdido, que esquece que existe mais bilhões de pessoas no mundo, e que nenhuma é igual a outra. E pode ter certeza que deve ter alguma do teu número, que NÃO É AQUELA.
Sim, eu entendo, eu já me desiludi também, já chorei, já sofri, já fiquei sem comer, já tomei remédio, já quis ir embora ou me mudar pro centro da terra. Mas isso passa, as coisas mudam e a fila anda. Se ficar lamentar fosse resolver alguma coisa ninguém teria problemas.
Porque estou escrevendo isso? Pra tentar enfiar na cabeça de uma pessoa que ela não é a única a sentir essa dor que parece ser irreparável dentro do peito... NÃO. Todo mundo já sentiu isso, umas mais que as outras. Mas tudo tem uma solução, que não necessariamente a morte, ok?
Então, meu rico amigo, SAIA DESSA! Tem um monte de garotas legais ai fora que estão esperando pra encontrar alguém tão legal quanto você. E por mais que nas primeiras vezes que tu sair na rua tu só enxergue o rosto dela no corpo dos outros, se tu voltar a viver isso passa, o rosto some e fica só gravado em lugar dentro de ti.
E uma coisa que te garanto: essa não é a primeira nem a última por quem tu vai sofrer. Paciência, ninguém mandou dar bola pro coração.

Dom 29 de Ago, 01:03

" ... Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e impulsiva. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
Vida doméstica é para gatos.Se ser feliz para sempre é aceitar com resignação católica o pão nosso de cada dia e sentir-se imune a todas as tentações, então é deste paraíso que quero fugir.
Tenho medo de não conseguir manter minhas idéias, meus pontos de vista, minhas escolhas (...) Eu tenho medo é da lucidez. Tenho medo dessa busca desenfreada pela verdade, pelas respostas. Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo (...) Ok, eu sei que jamais vou derramar um copo de cerveja na cabeça de um homem, nem vou sair nua pelos parques protestando contra o uso de casacos de pele. Eu nunca vou fazer uma extravagância, e é isso que me assusta, por que uma piração de vez em quando pode ser muito bem vinda. Eu não tenho medo de perder o senso. Eu tenho medo é desta eterna vigilância interior, tenho medo do que me impede de falhar.
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, se acaso, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. (...) As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação. Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas.
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instrução."

domingo, 15 de agosto de 2010

Quase nove anos depois.

Aos 12 anos, ela brigou com a mãe e saiu com uma amiga. No final da tarde ela voltou e sua mãe não estava ali. Estava no hospital. Em coma.
Ela insistiu para ir vê-la, e entrando no quarto enlouqueceu. Sua mãe estava entubada, respirando com ajuda de aparelhos... aquela não era a mãe que ela tinha visto há algumas horas atrás.
Seu primeiro pensamento foi se matar. Saiu correndo pelos corredores até a porta da frente do hospital, que dava de frente pra uma avenida movimentada e se jogou na frente do primeiro ônibus que passou. O motorista assustado freiou bruscamente, e alguém puxou seu braço com força. Estava só, sem pai e sem mãe. Nunca conhecera seu pai, por opção de sua mãe, e nunca lhe fez falta. Mas sua mãe? Seu ponto de apoio? Sim, estava só.
Sentou e chorou. E foi o que fez durante 3 dias, quando seu tio chegou em casa para buscar as roupas para vestir sua mãe para o enterro.
Aos 12 anos ela enlouqueceu. Virou uma pessoa completamente diferente do que costumava ser. Se sentia só. Antes eram ela e sua mãe. Pra tudo. E agora era ela, e mais nada.